quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Poemias...

Lua e estrelas

A Lua é muito mais
Que seu colorido
No outono
Aquela luz branca
Clareia, norteia,
Traz felicidade;
E eu não a vejo
Sem pensar em você!
Lua e estrelas

Estrelas e a Lua
Você continua
Iluminando meus sonhos
E anseios
Com você ao meu lado

A noite nunca
Desabará em sombras,
Ela será sempre iluminada
Por esse seu jeito
Incandescente de ser!

Antes... louco mundo!

Antes de transformarem
Capuccinos, sushis e rúculas em moda,
Aventura em esporte,
Espiões que vinham do frio.
Antes das câmeras digitais

e-mails, celulares.
Antes de eu ser

Rabugento e lírico perfeccionista.
Das batalhas ideológicas
E dos debates acirrados
Em que um herói
Não era fabricado em uma hora,
O mundo não era globalizado

E nem on-line.
Havia trilhas hippies

Bicicletas brancas para muitos.
Bons tempos...
O colesterol era uma curiosidade,

O homem descia na lua,
A neve caía por semanas,
Muitos eram os mistérios
E os jovens sonhavam
Com uma humanidade melhor.
As notícias eram em preto-e-branco

Imbuídas na graça De um mundo em cores.
Marlon Brando nos fazia tremer,

Fellini criava fantasias
De amor lírico
E a sobrevivência
Não era um programa de tv
E sim uma luta existencial instintiva.
Bons tempos...

Antes de Jimi morrer
E Janis e Jim e Jerry e Kurt
E John levar alguns tiros.
Não havia... "Por favor deixe uma mensagem após o "BIP".
O mundo livre lutava

Contra o império do mal.
Não havia... Aids, Euro

E o muro de Sharon.
Não havia... Personal trainers, Harry Potter,

Sexo na tv, dinastia Bush.
Bons tempos...

De crianças não mimadas,
De casamentos que duravam!
Lembrar de tudo isso
Não é fraqueza, nem saudosismo.
Talvez as coisas

Serão sempre as mesmas
E este poema insuportável,
E o passado/presente/futuro
Comecem a brilhar.



Ei Itamar (Nego Dito Beleléu)

Ei, Itamar nem sei o que falar...
Já estou com saudadeda sua prosa
Ouvi o repórter falar direto de sua casa na Penha

Alguns amigos davam depoimentos saudosos e alegres!
Ei, Itamar não vou chorar...

Mas sua fala: "Porcaria na Cultura tanto bate até que fura" agora mais do que nunca vem à tona
Ei, Itamar vou me desculpar...

Por um dia, em minha cidade
a platéia ter te xingado
E eu, talvez, covarde não gritar te defendendo!
Ei, Itamar vai, vai, vai...

Cantar para uma platéia nobre
Feliz é você que não vai mais presenciaroutra guerra que explode!
Ei, Itamar seu negro de raça pura...

Ainda vou ouvir falar
De tua formosura
Seu negro preto bras de cabelo duro, ícone da contracultura!
Ei, Itamar

Malditos são... Os que não te amaram!

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