terça-feira, 25 de novembro de 2008

O Cérebro Humano...

(Artigo do jornal o Estado de São Paulo - Por Airton Luiz Mendonça)
O cérebro humano mede o tempo por meio da observação dos movimentos. Se alguém colocar você dentro de uma sala branca vazia, sem nenhuma mobília, sem portas ou janelas, sem relógio... você começará a perder a noção do tempo.
Por alguns dias, sua mente detectará a passagem do tempo sentindo as reações internas do seu corpo, incluindo os batimentos cardíacos, ciclos de sono, fome, sede e pressão sangüínea. Isso acontece porque nossa noção de passagem do tempo deriva do movimento dos objetos, pessoas, sinais naturais e da repetição de eventos cíclicos, como o nascer e o pôr do sol.
Compreendido este ponto, você ainda precisar saber que o nosso cérebro é extremamente otimizado e evita fazer duas vezes o mesmo trabalho. Um adulto médio tem entre 40 e 60 mil pensamentos por dia. Qualquer um de nós ficaria louco se o cérebro tivesse que processar conscientemente tal quantidade. Por isso, a maior parte destes pensamentos é automatizada e não aparece no índice de eventos do dia e portanto, quando você vive uma experiência pela primeira vez, ele dedica muitos recursos para compreender o que está acontecendo. É quando você se sente mais vivo. Conforme a mesma experiência vai se repetindo, ele vai simplesmente colocando suas reações no modo automático e 'apagando' as experiências duplicadas.
Se você entendeu estes dois pontos, já vai compreender porque parece que o tempo acelera, quando ficamos mais velhos e porque os Natais chegam cada vez mais rapidamente.
Quando começamos a dirigir automóveis, tudo parece muito complicado, nossa atenção parece ser requisitada ao máximo. Então, um dia dirigimos trocando de marcha, olhando os semáforos, lendo os sinais ou até falando ao celular ao mesmo tempo. Como acontece?
Simples: o cérebro já sabe o que está escrito nas placas (você não lê com os olhos, mas com a imagem anterior, na mente); o cérebro já sabe qual marcha trocar (ele simplesmente pega suas experiências passadas e usa , no lugar de repetir realmente a experiência).
Em outras palavras, você não vivenciou aquela experiência, pelo menos para a mente. Aqueles críticos segundos de troca de marcha, leitura de placa são apagados de sua noção de passagem do tempo.
Quando você começa a repetir algo exatamente igual, a mente apaga a experiência repetida. Conforme envelhecemos, as coisas começam a se repetir - as mesmas ruas, pessoas, problemas, desafios, programas de televisão, reclamações... enfim, as experiências novas (aquelas que fazem a mente parar e pensar de verdade, fazendo com que seu dia pareça ter sido longo e cheio de novidades), vão diminuindo. Até que tanta coisa se repete que fica difícil dizer o que tivemos de novidade na semana, no ano ou, para algumas pessoas, na década. Assim, o que faz o tempo parecer que acelera é a ROTINA
A rotina é essencial para a vida e otimiza muita coisa, mas a maioria das pessoas ama tanto a rotina que, ao longo da vida, seu diário acaba sendo um livro de um só capítulo, repetido todos os anos. Felizmente há um antídoto para a aceleração do tempo: M & M (Mude e Marque ).
Mude, fazendo algo diferente e marque, fazendo um ritual, uma festa ou registros com fotos. Mude de paisagem, tire férias com a família (sugiro que você tire férias sempre e, preferencialmente, para um lugar quente, um ano, e frio no seguinte) e marque com fotos, cartões postais e cartas.
Tenha filhos (eles destroem a rotina) e sempre faça festas de aniversário para eles, e para você (marcando o evento e diferenciando o dia). Use e abuse dos rituais para tornar momentos especiais diferentes de momentos usuais.
Faça festas de noivado, casamento, 15 anos, bodas disso ou daquilo, bota-foras, participe do aniversário de formatura de sua turma, visite parentes distantes, entre na universidade com 60 anos, troque a cor do cabelo, deixe a barba, tire a barba, compre enfeites diferentes no Natal, vá a shows, cozinhe uma receita nova, tirada de um livro novo.
Escolha roupas diferentes, não pinte a casa da mesma cor, faça diferente. Beije diferente sua paixão e viva com ela momentos diferentes. Vá a mercados diferentes, leia livros diferentes, busque experiências diferentes. Seja diferente.
Se você tiver dinheiro, especialmente se já estiver aposentado, vá com seu marido, esposa ou amigos para outras cidades ou países, veja outras culturas, visite museus estranhos, deguste pratos esquisitos.. .
V-I-V-A ! Porque se você viver intensamente as diferenças, o tempo vai parecer mais longo. E se tiver a sorte de estar casado(a) com alguém disposto(a) a viver e buscar coisas diferentes, seu livro será muito mais longo, muito mais interessante e muito mais v-i-v-o do que a maioria dos livros da vida que existem por aí.
E S CREVA em tAmaNhos diFeRenTes e em CorES di fE rEn tEs ! CRIE, RECORTE, PINTE, RASGUE, MOLHE, DOBRE, PICOTE, INVENTE, REINVENTE... V I V A !

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Sobre Barack Obama...

Por Mia Couto (escritor Moçambicano)
Os africanos rejubilaram com a vitória de Obama. Eu fui um deles.Depois de uma noite em claro, na irrealidade da penumbra da madrugada, as lágrimas corriam-me quando ele pronunciou o discurso de vencedor.Nesse momento, eu era também um vencedor. A mesma felicidade me atravessara quando Nelson Mandela foi libertado e o novo estadista sul-africano consolidava um caminho de dignificação de África.
Na noite de 5 de Novembro, o novo presidente norte-americano não era apenas um homem que falava. Era a sufocada voz da esperança que se reerguia, liberta, dentro de nós. Meu coração tinha votado, mesmo sem permissão:habituado a pedir pouco, eu festejava uma vitória sem dimensões. Ao sair à rua, a minha cidade se havia deslocado para Chicago, negros e brancos respirando comungando de uma mesma surpresa feliz. Porque a vitória de Obama não foi a de uma raça sobre outra: sem a participação massiva dos americanos de todas as raças (incluindo a da maioria branca) os Estados Unidos da América não nos entregariam motivo para festejarmos.
Nos dias seguintes, fui colhendo as reacções eufóricas dos mais diversos recantos do nosso continente. Pessoas anónimas, cidadãos comuns querem testemunhar a sua felicidade. Ao mesmo tempo fui tomando nota, com algumas reservas, das mensagens solidárias de dirigentes africanos. Quase todos chamavam Obama de "nosso irmão". E pensei: estarão todos esses dirigentes sendo sinceros? Será Barack Obama familiar de tanta gente politicamente tão diversa? Tenho dúvidas. Na pressa de ver preconceitos somente nos outros, não somos capazes de ver os nossos próprios racismos e xenofobias. Na pressa de condenar o Ocidente, esquecemo-nos de aceitar as lições que nos chegam desse outro lado do mundo.
Foi então que me chegou às mãos um texto de um escritor camaronês, Patrice Nganang, intitulado: "E se Obama fosse camaronês?". As questões que o meu colega dos Camarões levantava sugeriram-me perguntas diversas, formuladas agora em redor da seguinte hipótese: e se Obama fosse africano e concorresse à presidência num país africano? São estas perguntas que gostaria de explorar neste texto.
E se Obama fosse africano e candidato a uma presidência africana?
1. Se Obama fosse africano, um seu concorrente (um qualquer George Bush das Áfricas) inventaria mudanças na Constituição para prolongar o seu mandato para além do previsto. E o nosso Obama teria que esperar mais uns anos para voltar a candidatar-se. A espera poderia ser longa, se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em África.Uns 41 anos no Gabão, 39 na Líbia, 28 no Zimbabwe, 28 na Guiné Equatorial, 28 em Angola, 27 no Egipto, 26 nos Camarões. E por aí fora, perfazendo uma quinzena de presidentes que governam há mais de 20 anos consecutivos no continente. Mugabe terá 90 anos quando terminar o mandato para o qual se impôs acima do veredicto popular.
2. Se Obama fosse africano, o mais provável era que, sendo um candidato do partido da oposição, não teria espaço para fazer campanha. Far-Ihe-iam como, por exemplo, no Zimbabwe ou nos Camarões: seria agredido fisicamente, seria preso consecutivamente, ser-Ihe-ia retirado o passaporte. Os Bushs de África não toleram opositores, não toleram a democracia.
3. Se Obama fosse africano, não seria sequer elegível em grande parte dos países porque as elites no poder inventaram leis restritivas que fecham as portas da presidência a filhos de estrangeiros e a descendentes de imigrantes. O nacionalista zambiano Kenneth Kaunda está sendo questionado, no seu próprio país, como filho de malawianos. Convenientemente "descobriram" que o homem que conduziu a Zâmbia à independência e governou por mais de 25 anos era, afinal, filho de malawianos e durante todo esse tempo tinha governado 'ilegalmente". Preso por alegadas intenções golpistas, o nosso Kenneth Kaunda (que dá nome a uma das mais nobres avenidas de Maputo) será interdito de fazer política e assim, o regime vigente, se verá livre de um opositor.
4. Sejamos claros: Obama é negro nos Estados Unidos. Em África ele é mulato.Se Obama fosse africano, veria a sua raça atirada contra o seu próprio rosto. Não que a cor da pele fosse importante para os povos que esperam ver nos seus líderes competência e trabalho sério. Mas as elites predadoras fariam campanha contra alguém que designariam por um "não autêntico africano". O mesmo irmão negro que hoje é saudado como novo Presidente americano seria vilipendiado em casa como sendo representante dos "outros", dos de outra raça, de outra bandeira (ou de nenhuma bandeira?).
5. Se fosse africano, o nosso "irmão" teria que dar muita explicação aos moralistas de serviço quando pensasse em incluir no discurso de agradecimento o apoio que recebeu dos homossexuais. Pecado mortal para os advogados da chamada "pureza africana". Para estes moralistas - tantas vezes no poder, tantas vezes com poder - a homossexualidade é um inaceitável vício mortal que é exterior a África e aos africanos.
6. Se ganhasse as eleições, Obama teria provavelmente que sentar-se à mesa de negociações e partilhar o poder com o derrotado, num processo negocial degradante que mostra que, em certos países africanos, o perdedor pode negociar aquilo que parece sagrado - a vontade do povo expressa nos votos.Nesta altura, estaria Barack Obama sentado numa mesa com um qualquer Bush em infinitas rondas negociais com mediadores africanos que nos ensinam que nos devemos contentar com as migalhas dos processos eleitorais que não correm a favor dos ditadores.
Inconclusivas conclusõesFique claro: existem excepções neste quadro generalista. Sabemos todos de que excepções estamos falando e nós mesmos moçambicanos, fomos capazes de construir uma dessas condições à parte.
Fique igualmente claro: todos estes entraves a um Obama africano não seriam impostos pelo povo, mas pelos donos do poder, por elites que fazem da governação fonte de enriquecimento sem escrúpulos.
A verdade é que Obama não é africano. A verdade é que os africanos – as pessoas simples e os trabalhadores anónimos - festejaram com toda a alma a vitória americana de Obama. Mas não creio que os ditadores e corruptos de África tenham o direito de se fazerem convidados para esta festa. Porque a alegria que milhões de africanos experimentaram no dia 5 de Novembro nascia de eles investirem em Obama exactamente o oposto daquilo que conheciam da sua experiência com os seus próprios dirigentes. Por muito que nos custe admitir, apenas uma minoria de estados africanos conhecem ou conheceram dirigentes preocupados com o bem público.
No mesmo dia em que Obama confirmava a condição de vencedor, os noticiários internacionais abarrotavam de notícias terríveis sobre África. No mesmo dia da vitória da maioria norte-americana, África continuava sendo derrotada por guerras, má gestão, ambição desmesurada de políticos gananciosos. Depois de terem morto a democracia, esses políticos estão matando a própria política.Resta a guerra, em alguns casos. Outros, a desistência e o cinismo.
Só há um modo verdadeiro de celebrar Obama nos países africanos: é lutar para que mais bandeiras de esperança possam nascer aqui, no nosso continente. É lutar para que Obamas africanos possam também vencer. E nós, africanos de todas as etnias e raças, vencermos com esses Obamas e celebrarmos em nossa casa aquilo que agora festejamos em casa alheia.
Semanário Moçambicano "SAVANA" - 14 de Novembro de 2008

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Gentileza Gera Gentileza...

Em homenagem ao “Dia Mundial Pelos Atos de Gentileza”, comemorado no dia 13 de novembro, trago até você um pouco da vida de um grande brasileiro...
José Datrino - Profeta Gentileza que durante 35 anos pregou a gentileza e o amor ao próximo em todo o Brasil


José Datrino, chamado Profeta Gentileza, (Cafelândia, São Paulo, 11 de abril de 1917Mirandópolis, São Paulo, 29 de maio de 1996) tornou-se conhecido a partir de 1980 por fazer inscrições peculiares sob um viaduto no Rio de Janeiro, onde andava com uma túnica branca e longa barba.

Sua infância
Nascido em Cafelândia-SP, no dia 11 de abril de 1917. Com mais nove irmãos, José Datrino teve uma infância de muito trabalho, na qual lidava diretamente com a terra e com os animais. Para ajudar a família, puxava carroça vendendo lenha nas proximidades. O campo ensinou a José Datrino a amansar burros para o transporte de carga. Tempos depois, como profeta Gentileza, se dizia “amansador dos burros homens da cidade que não tinham esclarecimento”. Desde sua infância José Datrino era possuidor de um comportamento atípico. Por volta dos doze anos de idade, passou a ter premonições sobre sua missão na terra, na qual acreditava que um dia, depois de constituir família, filhos e bens, deixaria tudo em prol de sua missão. Este comportamento causou preocupação em seus pais, que chegaram a suspeitar que o filho sofria de algum tipo de loucura, chegando a buscar ajuda em curandeiros espirituais. Passando sempre o que aprendia a seus amigos.

Surge o Profeta Gentileza
No dia 17 de dezembro de 1961, na cidade de Niterói, houve um grande incêndio no circo "Gran Circus Norte-Americano", o que foi considerado uma das maiores tragédias circenses do mundo. Neste incêndio morreram mais de 500 pessoas, a maioria crianças. Na antevéspera do Natal, seis dias após o acontecimento, José acordou alegando ter ouvido "vozes astrais", segundo suas próprias palavras, que o mandavam abandonar o mundo material e se dedicar apenas ao mundo espiritual. O Profeta pegou um de seus caminhões e foi para o local do incêndio. Plantou jardim e horta sobre as cinzas do circo em Niterói, local que um dia foi palco de tantas alegrias, mas também de muita tristeza. Aquela foi sua morada por quatro anos. Lá, José Datrino incutiu nas pessoas o real sentido das palavras Agradecido e Gentileza. Foi um consolador voluntário, que confortou os familiares das vítimas da tragédia com suas palavras de bondade. Daquele dia em diante, passou a se chamar "José Agradecido", ou simplesmente “Profeta Gentileza”.Após deixar o local que foi denominado “Paraíso Gentileza”, o profeta Gentileza começou a sua jornada como personagem andarilho. A partir de 1970 percorreu toda a cidade. Era visto em ruas, praças, nas barcas da travessia entre as cidades do Rio de Janeiro e Niterói, em trens e ônibus, entregando flores, fazendo sua pregação e levando palavras de amor, bondade e respeito pelo próximo e pela natureza a todos que cruzassem seu caminho. Aos que o chamavam de louco, ele respondia: - "Sou maluco para te amar e louco para te salvar".

Os murais
A partir de 1980, escolheu 56 pilastras do Viaduto do Caju, que vai do Cemitério do Caju até a Rodoviária Novo Rio, numa extensão de aproximadamente 1,5km. Ele encheu as pilastras do viaduto com inscrições em verde-amarelo propondo sua crítica do mundo e sua alternativa ao mal-estar da civilização. Durante a Eco-92, o Profeta Gentileza colocava-se estrategicamente no lugar por onde passavam os representantes dos povos e incitava-os a viverem a gentileza e a aplicarem gentileza em toda a Terra.

Após sua morte
Em 29 de maio de 1996, aos 79 anos, faleceu na cidade de seus familiares (Mirandópolis-SP.), onde se encontra enterrado, no "Cemitério Saudades".Com o decorrer dos anos, os murais foram danificados por pichadores, sofreram vandalismo, e mais tarde cobertos com tinta de cor cinza. O apagamento das inscrições foi criticado e posteriormente com ajuda da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro, foi organizado o projeto Rio com Gentileza, com o objetivo restaurar os murais das pilastras. Começaram a ser recuperadas em janeiro de 1999. Em maio de 2000, a restauração das inscrições foi concluída e o patrimônio urbano carioca foi preservado.
No ano de 2000, na cidade de Mirandópolis-SP., onde o profeta está enterrado, foi criada a primeira ONG da cidade - ONG "Gentileza Gera Gentileza", por parentes e amigos que admiravam a filosofia de vida do Profeta. A ONG além de lembrar a pessoa de José Datrino (Profeta Gentileza) ,em sua criação, tinha a missão de difundir educação e cultura em toda a região. Vários eventos foram feitos, como: Sarau mensal itinerante, Encontro de Corais, MPB na Praça – MPB em Tarde de Graça, Tarde Cultural para Crianças no Bosque da cidade, Participação em Eventos Escolares e um evento anual denominado "Gentileza Gera Gentileza, com música, teatro, poesia e dança, entre outros.
No final do ano 2000 foi publicado pela EdUFF (Editora da Universidade Federal Fluminense) o livro “Brasil: Tempo de Gentileza”, de autoria do professor Leonardo Guelman. A obra introduz o leitor no "universo" do profeta Gentileza através de sua trajetória, da estilização de seus objetos, de sua caligrafia singular e de todos os 56 painéis criados por ele, além de trazer fatos relacionados ao projeto “Rio com Gentileza” e descrever as etapas do processo de restauração dos escritos. O livro é ricamente ilustrado com inúmeras fotografias, principalmente do profeta e de seus penduricalhos e painéis. Além de fotos do próprio profeta Gentileza trabalhando junto a algumas pilastras, existem imagens dos escritos antes, durante e após o processo de restauração.
Em 2001, foi homenageado pela escola de samba Acadêmicos do Grande Rio.
Em Conselheiro Lafaiete, cidade do interior de Minas Gerais, há um amplo trabalho feito pela ONG “AMAR” que dá continuidade ao trabalho do Profeta Gentileza. Foram desenvolvidas oficinas com jovens da cidade, onde foi possível repassar as técnicas de mosaico. Além disso, um grande muro no bairro São João recebeu uma linda aplicação de mosaico. E a praça São Pedro, no bairro Albinopólis, foi toda decorada seguindo o exemplo do Profeta Gentileza.
Em 2009 o ator Paulo José viverá o Profeta Gentileza na nova novela das 21h da rede Globo, "Caminho das Índias", da escritora Glória Perez, que abordará, entre outros temas, a loucura em seus vários aspectos, inclusive o social.

SERVIÇO: Para Saber Mais...http://www.riocomgentileza.com.br/

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

FACE A FACE...

Mesmo que fosse
Mesmo que entrasse
Ora de mãos dadas
Ou no face a face.
Se rock’n roll, blues,
Reggae ou trash.
No dia-a-dia
A vida acontece.
Sou eu,
Sou eu e você,
Somos nós.
Como se um,
Somos nós,
Eu e você!
A vida acontece,
Se dilui no claro
Se colore no escuro
Estou aqui e juro...
Minha metade
Ao seu lado sou tudo

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

David Bowie...

David Bowie
Absolute Beginners (tradução)

Principiantes AbsolutosEu não tenho muito para oferecerNão há muito para levarEu sou um principiante absolutoE eu estou absolutamente sãoContanto que estejamos juntosO resto pode ir para o infernoEu absolutamente amo vocêMas nós somos principiantes absolutosCom olhos completamente abertosMas igualmente nervososSe nossa canção de amorPudesse voar acima das montanhasPudesse rir do oceanoApenas como nos filmesNão haveria nenhuma razãoPara sentir todos os tempos difíceisPara impor as linhas durasIsto é absolutamente verdadeiroNada mais poderia acontecerNada que nós não pudéssemos sacudirOh, nós somos principiantes absolutosCom nada mais a arriscarContanto que você ainda esteja sorrindoNão há nada mais que eu preciseEu absolutamente amo vocêMas nós somos principiantes absolutosMas se meu amor é seu amorNós teremos certeza do sucessoSe nossa canção de amorPudesse voar acima das montanhasVelejar sob as inquietaçõesApenas como nos filmesNão haveria nenhuma razãoPara sentir todos os tempos difíceisPara impor as linhas durasIsto é absolutamente verdadeiro
Esta letra foi retirada do site www.letras.mus.br

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Working Class Hero... John Lennon...

Herói da Classe Trabalhadora

Assim que você nasce Eles te fazem se sentir pequenoAo não te dar tempo Ao invés de todoAté que a dor está tão grandeQue você não sente mais nadaUm herói da classe trabalhadora É algo para serUm herói da classe trabalhadora É algo para serEles te magoam em casaE te batem na escolaEles te odeiam se és astutoE eles desprezam um toloAté que você está tão fudido (e) malucoQue não consegue seguir as regras delesUm herói da classe trabalhadora é algo para serUm herói da classe trabalhadora é algo para serApós te torturaremE te assustarem por vinte anos ímparesEntão esperam que você escolha uma carreiraAté que você não consegue mais funcionarEstás tão cheio de temoresUm herói da classe trabalhadora é algo para serUm herói da classe trabalhadora é algo para serTe mantendo drogado com religião e sexo e TVE você pensa que és tão astuto, sem classe e livreMas você continua apenas (um) plebeu fudidoPelo que eu vejoUm herói da classe trabalhadora é algo para serUm herói da classe trabalhadora é algo para serHá lugar no topoEles continuam a te dizerPorém primeiro você precisaAprender a sorrir enquanto mataSe você quer ser como o povoDo topo do monteUm herói da classe trabalhadora é algo para serUm herói da classe trabalhadora é algo para serSe quiser ser um herói então basta me seguirSe quiser ser um herói então basta me seguir.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Acordo Ortográfico...

Já que será assim 2009/2010, vamos encarar logo esta coisa!!! Mais um acordo ortográfico... Qdo VC começar estudar, avise que irei fazer companhia...


Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
vigência: 2009/2010
Alfabeto
Nova Regra
Regra Antiga
Como Será
O alfabeto é agora formado por 26 letras
O "k", "w" e "y" não eram consideradas letras do nosso alfabeto.
Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estrangeiras e seus derivados. Exemplos: km, watt, Byron, byroniano

Trema
Nova Regra
Regra Antiga
Como Será

Não existe mais o trema em língua portuguesa. Apenas em casos de nomes próprios e seus derivados, por exemplo: Müller, mülleriano
agüentar, conseqüência, cinqüenta, qüinqüênio, frqüência, freqüente, eloqüência, eloqüente, argüição, delinqüir, pingüim, tranqüilo, lingüiça
aguentar, consequência, cinquenta, quinquênio, frequência, frequente, eloquência, eloquente, arguição, delinquir, pinguim, tranquilo, linguiça.

Acentuação
Nova Regra
Regra Antiga
Como Será
Ditongos abertos (ei, oi) não são mais acentuados em palavras paroxítonas
assembléia, platéia, idéia, colméia, boléia, panacéia, Coréia, hebréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico, paranóico
assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, panaceia, Coreia, hebreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico
obs: nos ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas o acento continua: herói, constrói, dói, anéis, papéis.
obs2: o acento no ditongo aberto "eu" continua: chapéu, véu, céu, ilhéu.

Nova Regra
Regra Antiga
Como Será
O hiato "oo" não é mais acentuado
enjôo, vôo, corôo, perdôo, côo, môo, abençôo, povôo
enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo

O hiato "ee" não é mais acentuado
crêem, dêem, lêem, vêem, descrêem, relêem, revêem
creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem

Nova Regra
Regra Antiga
Como Será
Não existe mais o acento diferencial em palavras homógrafas
pára (verbo), péla (substantivo e verbo), pêlo (substantivo), pêra (substantivo), péra (substantivo), pólo (substantivo)
para (verbo), pela (substantivo e verbo), pelo (substantivo), pera (substantivo), pera (substantivo), polo (substantivo)
Obs: o acento diferencial ainda permanece no verbo "poder" (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo - "pôde") e no verbo "pôr" para diferenciar da preposição "por"

Nova Regra
Regra Antiga
Como Será
Não se acentua mais a letra "u" nas formas verbais rizotônicas, quando precedido de "g" ou "q" e antes de "e" ou "i" (gue, que, gui, qui)

argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, enxagúemos, obliqúe
argui, apazigue,averigue, enxague, ensaguemos, oblique
Não se acentua mais "i" e "u" tônicos em paroxítonas quando precedidos de ditongo
baiúca, boiúna, cheiínho, saiínha, feiúra, feiúme
baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha, feiura, feiume

Hífen
Nova Regra
Regra Antiga
Como Será
O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por "r" ou "s", sendo que essas devem ser dobradas
ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, arqui-romântico, arqui-rivalidae, auto-regulamentação, auto-sugestão, contra-senso, contra-regra, contra-senha, extra-regimento, extra-sístole, extra-seco, infra-som, ultra-sonografia, semi-real, semi-sintético, supra-renal, supra-sensível
antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial, antirrugas, arquirromântico, arquirrivalidade, autorregulamentação, contrassenha, extrarregimento, extrassístole, extrasseco, infrassom, inrarrenal, ultrarromântico, ultrassonografia, suprarrenal, suprassensível
obs: em prefixos terminados por "r", permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada pela mesma letra: hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-resistente etc.

Nova Regra
Regra Antiga
Como Será
O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por outra vogal
auto-afirmação, auto-ajuda, auto-aprendizagem, auto-escola, auto-estrada, auto-instrução, contra-exemplo, contra-indicação, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-uterino, neo-expressionista, neo-imperialista, semi-aberto, semi-árido, semi-automático, semi-embriagado, semi-obscuridade, supra-ocular, ultra-elevado
autoafirmação, autoajuda, autoaprendizabem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, contraexemplo, contraindicação, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiautomático, semiárido, semiembriagado, semiobscuridade, supraocular, ultraelevado.
Obs: esta nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: antiaéreo, antiamericano, socioeconômico etc.

Obs2: esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por "h": anti-herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo etc.

Nova Regra
Regra Antiga
Como Será
Agora utiliza-se hífen quando a palavra é formada por um prefixo (ou falso prefixo) terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal.
antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário, antiimperialista, arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus, microorgânico
anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário, anti-imperialista, arqui-inimigo, arqui-irmandade, micro-ondas, micro-ônibus, micro-orgânico
obs: esta regra foi alterada por conta da regra anterior: prefixo termina com vogal + palavra inicia com vogal diferente = não tem hífen; prefixo termina com vogal + palavra inicia com mesma vogal = com hífen
obs2: uma exceção é o prefixo "co". Mesmo se a outra palavra inicia-se com a vogal "o", NÃO utliza-se hífen.


Nova Regra
Regra Antiga
Como Será
Não usamos mais hífen em compostos que, pelo uso, perdeu-se a noção de composição
manda-chuva, pára-quedas, pára-quedista, pára-lama, pára-brisa, pára-choque, pára-vento
mandachuva, paraquedas, paraquedista, paralama, parabrisa, pára-choque, paravento
Obs: o uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e constiui unidade sintagmática e semântica, mantendo o acento próprio, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi etc.

Observações Gerais
O uso do hífen permanece
Exemplos
Em palavras formadas por prefixos "ex", "vice", "soto"
ex-marido, vice-presidente, soto-mestre
Em palavras formadas por prefixos "circum" e "pan" + palavras iniciadas em vogal, M ou N

pan-americano, circum-navegação
Em palavras formadas com prefixos "pré", "pró" e "pós" + palavras que tem significado próprio
pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação
Em palavras formadas pelas palavras "além", "aquém", "recém", "sem"
além-mar, além-fronteiras, aquém-oceano, recém-nascidos, recém-casados, sem-número, sem-teto

Não existe mais hífen
Exemplos
Exceções
Em locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais)
cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, sala de jantar, cartão de visita, cor de vinho, à vontade, abaixo de, acerca de etc.
água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao-deus-dará, à queima-roupa

Eu Acredito...

Acredito no ser humano
Assim como
Na banalização da violência
E para isso não há diálogo que resista.
Acredito no amor ao próximo
Mesmo vendo os altos muros
Que as pessoas constroem
À frente de suas casas.
Acredito no amor
Entre duas pessoas
E espero que os relacionamentos
Perdurem assim como as flores nos jardins.
Acredito no que há de novo
Mesmo sabendo da importância
Das coisas que adquirimos
Como experiência com os idosos.
Eu acredito e vou continuar acreditando sempre,
Enquanto houver vida
Neste maravilhoso planeta
Chamado TERRA!


Para Eloá...

Fred/primavera/08

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Que crise financeira que nada...

Análise de Retorno Financeiro Se você tivesse comprado, em janeiro/2005, R$ 1000,00 em ações da Nortel Networks ou da AIG , ambas gigantes da econômia americana, hoje teria R$ 59,00! Se você tivesse comprado, em janeiro/2005, R$ 1000,00 em ações da Lucent Technologys , outro gigante da área de telecomunicações, hoje teria R$ 79,00! Agora, se você tivesse, em janeiro/2005, gasto R$ 1.000 ,00 em Skol (em Cerveja, não em ações), tivesse bebido tudinho e hoje vendido as latinhas vazias, teria R$ 80,00!!! Conclusão: No cenário econômico atual, você perde menos dinheiro ficando sentado e bebendo cerveja o dia inteiro... MAS É IMPORTANTE LEMBRAR, QUEM BEBE VIVE MENOS: a) Menos triste; b) Menos deprimido;c) Menostenso; d) Menosputo da vida! Pensem nisso... e... Se for dirigir, não beba. Se for beber, me chama! Se não me chamar, pelo menos me manda as latinhas! QUE EU VENDO TUDO!!!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Como Vencer a Pobreza e a Desigualdade...

Tema: 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'
Por Clarice Zeitel Vianna Silva
UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - RJ

'PÁTRIA MADRASTA VIL'
Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência. .. Exagero de escassez.... Contraditórios? ? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições.
Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil.
A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso? Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona? Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos... Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho?
Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários. Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade' .
A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da Unesco.

George Carlin sobre envelhecer...

A viagem da sua vida
Aprecie a viagem; não há bilhete de volta!


Pontos de vista de George Carlin sobre envelhecer
Você sabia que a única época da nossa vida em que gostamos de ficar velhos é quando somos crianças? Se V. tem menos de 10 anos, V. está tão excitado sobre envelhecer que pensa em frações.
Quantos anos V tem? Tenho quatro e meio! Você nunca terá trinta e seis e meio. Você tem quatro e meio, indo para cinco! Este é o lance!
Quando V. chega à adolescência, ninguém mais o segura. V. pula para um número próximo, ou mesmo alguns à frente. 'Qual é sua idade?'
'Eu vou fazer 16!' Você pode ter 13, mas (tá ligado?) vai fazer 16!

E aí chega o maior dia da sua vida! Você completa 21! Até as palavras soam como uma cerimônia: VOCÊ ESTÁ FAZENDO 21. Uhuuuuuuu!
Mas então V. 'se torna' 30. Ooooh, que aconteceu agora? Isso faz V. soar como leite estragado! Êle 'se tornou azedo'; tivemos que jogá-lo fora. Não tem mais graça agora, V. é apenas um bolo azedo. O que está errado? O que mudou?
V. COMPLETA 21, V. 'SE TORNA' 30, aí V. está 'EMPURRANDO' 40. Putz! Pise no freio, tudo está derrapando! Antes que se dê conta, V. CHEGA aos 50 e seus sonhos se foram.
Mas, espere! Você ALCANÇA os 60. V. nem achava que poderia!
Assim, V. COMPLETA 21, V. 'SE TORNA' 30, 'EMPURRA' os 40, CHEGA aos 50 e ALCANÇA os 60.
Você pegou tanto embalo que BATE nos 70! Depois disso, a coisa é na base do dia-a-dia; 'Estarei BATENDO aí na 4ª. feira!'
Você entra nos seus 80 e cada dia é um ciclo completo; V. bate no lanche, a tarde se torna 4:30; V. alcança o horário de ir para a cama. E não termina aqui. Entrado nos 90, V. começa a dar marcha à ré; 'Eu TINHA exatos 92.'

Aí acontece uma coisa estranha. Se V. passa dos 100, V. se torna criança pequena outra vez. 'Eu tenho 100 e meio!'

Que todos Vocês cheguem a um saudável 100 e meio!!
COMO PERMANECER JOVEM

Livre-se de todos os números não-essenciais. Isto inclui idade, peso e altura. Deixe os médicos se preocupar com eles. É para isso que você os paga.
Mantenha apenas os amigos alegres. Os ranzinzas só deprimem.

Continue aprendendo. Aprenda mais sobre o computador, ofícios,
Jardinagem, seja o que for, até radio-amadorismo. Nunca deixe o cérebro
inativo. 'Uma mente inativa é a oficina do diabo. E o nome de família do diabo
é ALZHEIMER.Aprecie as coisas simples.
Ria sempre, alto e bom som! Ria até perder o fôlego.
Lágrimas fazem parte. Suporte, queixe-se e vá adiante. As únicas pessoas que estão conosco a vida inteira somos nós mesmos. Mostre estar VIVO enquanto estiver vivo.
Cerque-se daquilo que ama, seja família, animais de estimação, coleções, música, plantas, hobbies, seja o que for. Seu lar é seu refúgio.

Cuide da sua saúde: se estiver boa, preserve-a. Se estiver instável, melhore-a. Se estiver além do que V. possa fazer, peça ajuda.
Não 'viaje' às suas culpas. Faça uma viagem ao shopping, até o município mais próximo ou a um país no exterior, mas NÃO para onde V. tiver enterrado as suas culpas.
Diga às pessoas a quem V. ama que V. as ama, a cada oportunidade.

E LEMBRE-SE SEMPRE:

A vida não é medida pela quantidade de vezes que respiramos, mas pelos momentos que nos tiram a respiração.

Todos nós temos que viver a vida ao máximo a cada dia!


A jornada da vida não é para se
chegar ao túmulo em segurança em
um corpo bem preservado, mas sim
para se escorregar para dentro meio
de lado, totalmente gasto, berrando:
'PUTA MERDA, QUE VIAGEM!

VIVA SIMPLESMENTE, AME GENEROSAMENTE,
IMPORTE-SE PROFUNDAMENTE, FALE GENTILMENTE,
DEIXE O RESTO PARA DEUS.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Leia com atenção....

No processo de seleção da Volkswagen do Brasil, os candidatos deveriam responder a seguinte pergunta: 'Você tem experiência'? A redação abaixo foi desenvolvida por um dos candidatos. Ele foi aprovado e seu texto está fazendo sucesso, e ele com certeza será sempre lembrado por sua criatividade, sua poesia, e acima de tudo por sua alma.

**/REDAÇÃO VENCEDORA:/**

Já fiz cosquinha na minha irmã pra ela parar de chorar, já me queimei brincando com vela. Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto, já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo. Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista. Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei trote por telefone. Já tomei banho de chuva e acabei me viciando. Já roubei beijo. Já confundi Sentimentos. Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido. Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro, já me cortei fazendo a barba apressado, já chorei ouvindo música no ônibus. Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de esquecer. Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas, já subi em árvore pra roubar fruta, já caí da escada de bunda. Já fiz juras eternas, já escrevi no muro da escola, já chorei sentado no chão do banheiro, já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante. Já corri pra não deixar alguém chorando, já fiquei
sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só. Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado, já me joguei na piscina sem vontade de voltar, já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios, Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar. Já senti medo do escuro, já tremi de nervoso, já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial. Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar. Já apostei em correr descalço na rua, já gritei de felicidade, já roubei rosas num enorme jardim. Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um 'para sempre' pela metade. Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol,
Já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão. Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração. E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: 'Qual sua experiência?'. Essa pergunta ecoa no meu cérebro: experiência...experiência...Será que ser 'plantador de sorrisos' é uma boa experiência? Sonhos!!! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos! Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta pergunta: Experiência? Quem a tem, se a todo o momento tudo se renova?'.

Lourenço Mutarelli - O quadrinista/escritor da tristeza, da solidão, da ilusão...













- Com o livro “O Cheiro do Ralo” autor chega ao cinema

Lourenço Mutarelli, esteve visitando Adamantina no último dia 19, dentro do Projeto “Viagem Literária”. A Gazeta Regional esteve presente na Biblioteca Municipal daquela cidade e fez a entrevista que segue.

Gazeta Regional – Você um dia disse: - Se me virem em uma palestra ou evento não tenham vergonha, digam que também pertenceram a esse blog...
Várias pessoas participaram do seu blog e com o fim do mesmo, muitos foram os que ficaram órfãos da sua ácida opinião sobre tudo ali postada, mas creia, quase todos entenderam a razão da sua despedida.
Muitos moram, outros já moraram em São Paulo e sabem o quanto é complicado, nos dias de hoje, tentar enfrentar o ritmo frenético da metrópole. Ainda tem a tecnologia que nos absorve, contribuindo em muito para a pressa de todo os dias, o que acarreta mais pressão e estresse.
Quando você foi vitima da síndrome de pânico, a sua produção nos quadrinhos e na literatura foi mais intensa?
Lourenço Mutarelli – Quando eu comecei a me recuperar sim. Eu tive uma depressão muito profunda e sofria vários ataques por dia. Eu fiquei muito debilitado e conforme eu fui melhorando produzi o meu primeiro álbum de quadrinhos (Transubstanciação), mas sem dúvida essa fase foi uma fonte de idéias para o meu trabalho e é o que tem alimentado toda a minha obra.
GR – Você disse amar a solidão. Como é ter que cumprir uma agenda extensa de palestras por várias cidades, onde ao mesmo tempo em que divulga todo o seu trabalho, é obrigado também a sair dessa rotina de silêncio e produção?
LM – Eu acho bom esse contato. Sinceramente eu gosto. Descobri que fazendo palestras você acaba tendo uma visão diferente de todo o seu trabalho. A gente não reflete sobre o trabalho e depois que você vai embora começa a ter essa visão substanciada deste trabalho o que é importante. Eu estou viajando demais, mas aqui é a última cidade do projeto “Viagem Literária”, do Governo Estadual e depois vou a Curitiba e aí sim eu preciso me fechar e me concentrar no meu trabalho.
Não tem jeito, quando você lança um livro e ele vai bem isso acontece. É comum que você tenha muita atividade na divulgação, isso faz parte do trabalho, mas agora essa fase já passou e eu vou voltar a me recolher.
GR – Qual é a sua opinião sobre o atual momento tecnológico que estamos vivendo? Você diz que não tem nada a ver com internet e etc.
LM – Eu acho que eu estou ficando mais otimista com isto. Por exemplo a volta do vinil e não só o vinil, está vindo um modismo retrô pois todos pensam que a internet pode ser boa e tão percebendo que ela é limitada, como tudo, eu acho que está voltando. O que me revoltou muito nesse processo foi a falta de material, eu trabalho muito com bico de pena e havia parado de ser importado, então isso me revoltou muito, o pessoal ceder a uma coisa nova e que ninguém sabe direito o que é ainda e aceitar totalmente sem questionar, achando que é bacana, que é moda, business, comércio puro, status!
Agora já estou encontrando em São Paulo bons materiais que eu não encontrava nem antes dessa época. Passou o frisson e vamos voltar a conviver com a tecnologia mais mecânica que precisa da energia humana para funcionar.
GR – Acredito então que você tem saudades dos fanzines e suas pequenas tiragens?
LM – Eu tenho pensado muito nisso, inclusive agora em Curitiba, eu vou conversar com um rapz que faz umas edições artesanais e eu quero muito fazer uma coisa assim, tenho muita vontade de fazer algo para poucos, pela experiência, sem nenhum compromisso. Quando você começa a publicar e tem visibilidade, há uma cobrança de que o seu próximo livro seja melhor e isso para mim é uma estupidez. Eu gosto muito de música e de vez em quando você ouve um cd e dizem que o segundo é bom, o primeiro é bom e só o oitavo é excelente, legal, mas veja e o terceiro, o quarto, o quinto... Pr achegar no oitavo, então, às vezes tem o processo, que a gente não busca estar só melhorando, busca a experimentação, a reflexão de algum momento. E às vezes o primeiro é o melhor e talvez o décimo seja igualmente bom, quer dizer a gente tem que ir fazendo e eu sinto falta dessa coisa artesanal e experimental que era o fanzine para mim.
GR – Seus desenhos sempre tiveram uma marca sombria. Como foi trabalhar nos Estúdios “Maurício de Souza”, fazendo gibis infantis?
LM – Foi o meu primeiro trabalho. Eu vinha trabalhando como desenhista na parte de desenho animado para cinema, então eu não trabalhei na parte dos quadrinhos. Eu comecei desenhando as pontas de animação, isso é era intercalador, e depois eu passei a ser cenarista de animação, que é quem pinta os cenários onde ocorre a animação.
Foi uma experiência interessante pois eu tinha que ter uma disciplina e produzir diariamente, a gente trabalhava com um material muito bom. Era legal poder conhecer tudo isso, mas era um trabalho. Eu acho que me ajudou, por exemplo, quando eu tirei as minhas primeiras férias do trabalho, foi quando eu comecei a fazer meus primeiros quadrinhos e tentar publicar e tudo o que aprendi me deu respaldo para eu poder ter o meu próprio trabalho.
GR – O Marcatti e o Glauco Mattoso, foram os seus parceiros na revista “TRALHA”. Como foi pra vocês editarem esse tipo de revista no Brasil?
LM – Era muito divertido, a gente conseguiu ter um espaço. A editora na época bancou uma idéia que era do Marcatti e ele convidou o Glauco e eu. Foi bom e a revista, infelizmente, durou eu acho dois números, e só terminou porque o Marcatti teve umas divergências com o editor, por mim e pelo Glauco, ela teria continuado.
GR – A maioria dos seus leitores na época dos quadrinhos, tinham acima de 20 anos e eram universitários. E agora na literatura, você tem idéia do perfil do seu leitor?
LM – Eu não tenho. Mas eu sei que o meu público acaba sendo o universitário, pelo menos eu faço palestras em universidades e é aonde eu encontro muito dos meus leitores. Eu não sei se isso tem mudado e se as pessoas que liam meus quadrinhos, lêem agora meus livros, eu não sei se isso é comum. No dia-a-dia você acaba deixando de lado algumas coisas, acaba não tendo nem tempo pra acompanhar coisas como essas que são imprescindíveis em uma carreira.
GR – A última pergunta é sobre o seu livro que virou filme – “O Cheiro do Ralo” – Você opinou n roteiro? Pode dar alguns toques ou só foi ver o filme já pronto?
LM – Não, eu participei da filmagem, fiz um personagem, acompanhei o processo de filmagem, li o roteiro, mas eu não interferi e não queria mesmo. Durante as filmagens se me perguntavam alguma coisa eu falava pra perguntar pro “Selton”, pois ele sabia mais do que eu. Eu tinha escrito o livro em 2001 e nunca mais tinha lido e ele vivia relendo, estudando o livro. Então, eu deixei que tudo acontecesse, sem nenhuma pressão ou interferência, sem que minha presença pesasse. Foi muito legal. Tem coisas diferentes na adaptação mas que já tinham falado desde o começo e eu achei que isso tornou o filme mais atraente e abriu para que mais pessoas o vissem e se interessassem pela história.
GR – Pra realmente terminarmos, você disse que no meio do ano terminou as gravações de um outro livro seu?
LM – É – “O Natimorto” – é o texto que eu mais gosto. É uma história sobre as fotografias dos maçs de cigarro. Da primeira coleção, hoje já estamos na quarta coleção. Trata-se de um cara que fuma um maço de cigarros por dia e ele sempre compra de manhã esses cigarros. Foi criado por uma tia cartomante e ele relaciona as imagens dos maços como se um prenúncio do seu dia. Isso é uma das partes da história e ele é um agente, que descobre uma cantora que tem uma voz especial e aí faz uma proposta a ela para que se isolem em um quarto de hotel por alguns anos.
A história gira mais ou menos em torno disso.



SERVIÇO:
“A Arte de Produzir Efeito Sem Causa”
novo livro de Lourenço Mutarelli
Cia. das Letras - 216Pgs.
R$ 34,90


RELEASE:
Em sua estréia na Companhia das Letras, Lourenço Mutarelli narra a história de Júnior, um homem que aos 43 anos volta para a casa do pai depois de abandonar o emprego e o casamento. Ali, se vê arrastado por um vazio existencial que o leva a transitar entre a sanidade e a loucura.

Acesse no My Space o meu amigo Daniel Di Stéfano...

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Contamos com você,conte com a gente“... muitos talentos e inteligências, brasileiros e estrangeiros, irão desfilar nas páginas futuras de Caros Amigos – a lista é enorme e cada um, como nós, tem absoluta certeza da existência de um largo contingente de leitores, mulheres e homens, jovens e maduros, ávidos por uma publicação que lide com idéias, que seja crítica, que leve à reflexão.”Este é um trecho do editorial da edição número 1 de Caros Amigos, lançada em abril de 1997. Nesses quase doze anos, é este o jornalismo que temos feito, com muita luta, contando com o inestimável apoio dos colaboradores, colunistas e nossa equipe fixa – mas principalmente dos nossos leitores.Fazer este jornalismo que teima em manter sua posição independente, de crítica à mídia gorda e aos interesses que tornam nosso Brasil um dos países mais injustos do mundo é nossa missão.Queremos que você faça parte desse projeto. Queremos que você seja um de nossos assinantes.Se você já é um, que nos indique para um amigo ou uma amiga, se já fez parte de nosso grupo de assinantes, então queremos você de volta.Clique no link abaixo e lute conosco.

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Um abraço e até breve.Cordialmente,Equipe Caros Amigos

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Paêbiru (1975) - Lula Cortês e Zé Ramalho...


É das coisas mais malucas e assombrosas que já se fez em música brasileira, mas eu me surpreenderia muito se eu tiver mais de 5 leitores que a conheçam. O nome é escrito assim mesmo, com a combinação agramatical de acentos.
Em 1973, o paraibano Zé Ramalho estava cansado de animar bailes em bandas de iê-iê-iê de João Pessoa e Campina Grande. O pintor Raul Córdula lhe avisou que no Recife havia um pessoal diferente, conhecido pela alcunha de udigrudi pernambucano. Foi pra lá. O guru era Lula Côrtes, um hiperativo que dividia seu tempo entre o desenho e o seu inseparável (e legendário) tricórdio.
Este disco não foi a estréia de Zé. Ele havia entrado no estúdio em 1973 para participar de uma maluquice coletiva chamada Marconi Notaro no Sub Reino dos Metazoários. Lula Côrtes se firmara como líder da turma durante a I Feira Experimental de Música do Nordeste (11/11/1972), também conhecida como Woodstock cabra da peste.
“O ácido era distribuído ao público, cerca de duas mil pessoas, dissolvido num balde com K-suco”, testemunhou depois Marco Polo, futuro membro da Tamarineira Village, numa entrevista ao jornalista pernambucano José Telles (autor de Do Frevo ao Manguebeat, Editora 34).
No início de 1974 Zé foi apresentado a Lula, que vivia com a namorada Kátia Mesel no então distante subúrbio de Casa Forte (que virou bairro nobre do Recife). Lula lhe falou da Pedra do Ingá e da idéia de fazer um disco inspirado no sítio arqueológico de Ingá do Bacamarte. O disco foi feito em 1975 no estúdio da Rozenblit (empresa fundamental para a história da música pernambucana) e lançado imediatamente. Mas na terrível enchente de julho daquele ano no Recife, as águas do Capibaribe invadiram a fábrica e destruíram praticamente toda a prensagem do disco, com a exceção de 300 cópias que haviam sido levadas para a casa de Lula e Kátia.
Dessas 300 cópias nasceu o mito, que é tão incrível que há gente que não acredita.
Hoje é possível encontrá-lo em CD, lançado pela Shadoks, um obscuro selo alemão. Aí no Brasil o disco sai por um preço bem salgado: alguém oferece um exemplar do CD no Mercado Livre por 120 mangos. No site da CliqueMusic é possível ouvir os primeiros 30 segundos de cada faixa. E também está disponível por aí na rede, claro, para quem tem as manhas.
Eu acho 90% do que se passa por “psicodelia” uma grande embromação. O Pink Floyd fez um disco, chamado The Piper at the Gates of Dawn (1967), ainda com Syd Barrett. O resto é trilha sonora de imberbe experimentando um baseado pela primeira vez. Estou em boa companhia ao achar o Grateful Dead uma chatice: o desfrute da música depende seriamente de uma ajudazinha de psicotrópicos e da mitologia da "viajandice" propagada pela banda.
Não é o caso deste LP duplo, em quatro partes: Terra, Ar, Fogo, Água. 11 canções no total, sendo o “Ar” representado só por duas faixas. “Trilha de Sumé”, com 13 minutos, passa por tambores, cantorias em marcação de coco, flauta, saxofone, o tricórdio de Lula e a guitarra distorcida de Zé Ramalho. É impossível saber o que vai acontecer no momento seguinte. As seqüências melódicas são interrompidas por cantorias de pássaros, sons de cachoeiras e outros barulhos da natureza que vão pontuando a viagem. “Harpa dos Ares” é uma bela peça instrumental com diálogo de cordas, flauta e canto de pássaros. O fechamento da parte “Terra” é com “Não existe molhado igual ao pranto”, melodia arrastada à base de cordas, com gritos esganiçados ao fundo (sugerindo tortura, talvez) e solos de sax. O barítono rouco e arranhado de Zé ecoa melancólico: Não se escuta da terra quem for santo / Não se cobre um só rosto com dois mantos / Nem se cura do mal quem só tem pranto / Nenhum canto é mais triste que o final.
Eu gosto menos da seqüência do “Ar” (faixas 4 e 5) que é mais plácida, menos trabalhada musicalmente e mais dependente de ruídos externos.
A seqüência “Fogo” começa com uma canção intitulada com versos que depois ficariam famosos na voz de Zé: “Nas paredes da pedra encantada / os segredos talhados por Sumé”. Essa é um petardo, um rock alucinógeno, com bateria, baixo, órgão. Um resenhista definiu a canção como “o som que os Doors teriam se eles fossem capazes de se divertir”. Essa seqüência termina com “Maracas de Fogo” e "Louvação a Iemanjá”, um canto responsorial sobre um batuque polirrítmico bem próprio dos sons dos orixás. Mais três faixas completam o disco, louvando a água: ali de novo predominam as cordas, pontuadas por ruídos aquáticos vários. Destaque para “Pedra Templo Animal”, um xaxado psicodélico.
Em 2003 eu vi um show de Zé Ramalho no Canecão, como convidado de Jorge Mautner. Depois, tive acesso ao camarim, porque estava com o mestre. Ia perguntar sobre Paêbirú. Não perguntei. Saí e fui escutar Mautner dissertar sobre Heidegger na areia de Ipanema.
Leitor: não morra sem ouvir este disco.
PS: se alguém conhecer outra resenha deste disco em português, além da minha e das duas páginas dedicadas a ele por José Telles em Do Frevo ao Manguebeat, por favor me avise.

MEC estuda autorizar outros diplomados a exercer jornalismo...

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1709200818.htm

Proposta de Haddad é permitir que qualquer profissional com formação superior também possa trabalhar na área Sérgio Murillo de Andrade, presidente da Fenaj, diz que a proposta é "inoportuna'; ANJ não comenta porque caso está sob exame do STF DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O MEC (Ministério da Educação) estuda autorizar profissionais que tenham formação universitária em qualquer área a exercer a profissão de jornalista. O ministro Fernando Haddad (Educação) também quer discutir as diretrizes dos cursos oferecidos na área que passarão por uma supervisão, a exemplo do que ocorreu com direito, medicina e pedagogia. Ainda neste mês, o ministro disse que vai constituir um grupo de trabalho para apresentar, em 90 dias, uma proposta nesse sentido. "A comissão fará uma análise das diretrizes curriculares do jornalismo e, sobretudo, das perspectivas de graduados em outras áreas, mediante formação complementar, poderem fazer jus ao diploma." Ele disse à Folha que seu objetivo não é entrar na discussão travada no STF (Supremo Tribunal Federal) e no Ministério do Trabalho sobre a obrigatoriedade do diploma, mas tratar da formação do jornalista. Do ponto de vista prático, se o STF -que deve julgar ação neste semestre- entender que o diploma de jornalista é obrigatório, a discussão se tornará inócua. "No mundo inteiro as pessoas se formam nessa área, mesmo onde não há obrigatoriedade. Sou favorável à boa formação. Não discuto a questão do exercício profissional." Para um profissional formado em outra área ser habilitado ao diploma de jornalista, ele precisaria cursar disciplinas essenciais para a formação na área, como técnica de reportagem, ética e redação, disse ele. Para Max Monjardim, chefe da comunicação do Trabalho, a discussão poderia se dar no grupo que discute a regulamentação da profissão, do qual participa: "Seria bom se o ministro indicasse algum representante da Educação para participar do grupo que já está funcionando [no Trabalho]". O presidente da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas), Sérgio Murillo de Andrade, considerou a proposta de Haddad "inoportuna". Ele também participa do grupo criado pelo Trabalho. "É uma proposta feita por alguém que está distante da realidade da profissão." A ANJ (Associação Nacional de Jornais) disse que não comentaria a idéia por ser só uma proposta e porque o assunto está sob o exame do STF. No Supremo, o relator é Gilmar Mendes, que já autorizou profissionais da área a se registrarem sem possuir o diploma.

Smeels Like Teen Spirit

As sextas-feiras no jornal são os dias mais difíceis. Só saímos com o fechamento, isso lá pelas 22h.
Antes de ir para casa, o lanche sagrado e após o sono justo!
Acordo e já é sábado, o tempo é chuvoso e eu ao fechar os olhos penso estar em Ilha Solteira no Festival Interunesp, onde em quase todos os anos, eu e os amigos de Mirandópolis tínhamos nossa dose injetável de rock’n roll na veia.
A tristeza é tamanha por lá não estar e logo nesse ano, que além de toda a barca (prainha, festival, loucura), o maravilhoso jeito flower power de viver, os shows seriam históricos.
Arnaldo Antunes, Móveis Coloniais de Acaju, Cover do Los Hermanos, Ventania e os grandes (mesmo sem a Rita Lee) Mutantes.
Eles, os Mutantes, embalaram gerações e a nossa não ficou de fora. Penso nas entrevistas inéditas que poderia ter feito. Os sons psicodélicos que poderia ter ouvido. Os amigos que após um ano teria revido. A “viagem” que teria sido.
Mas, a história continua a ser escrita...
Tudo isso já tinha acontecido em minha mente, mas era sábado, 06h30 da manhã! Pensei: - Vou mudar esse clima.Olhei os DVDs na prateleira, adivinhem qual sorriu para mim? “CÁSSIA ELLER no Rock’n Rio”. Meu Deus, obrigado!!!
Rapidamente liguei todo o equipamento, aumentei o volume e...
Cara, era isso que eu precisava nesse dia. Essa mulher fez a minha cabeça, revolucionou. Mostrou a sua cara; bateu de frente; quebrou tabus; abriu nossos olhos e ouvidos e... foi embora! E nós, solitários órfãos, simples mortais, aqui estamos!
Às 07h da manhã chegava. Abri a janela e o som louco da Cássia ecoava aos pedestres que passavam em direção ao trabalho.
E eu que achava que já tinha visto e ouvido de tudo, chorei, ao ouvir a versão que Cássia Eller, homenageando o seu filho Chicão, na época com 09 anos, fez de “Smeels Like Teens Spirit”, do Nirvana.
A galera vibrava, pulava. Cássia, com sua voz poderosa, embalava a todos e fazia com que eu, com o meu choro, lavasse a alma e começasse aquele sábado redimido por não ter ido ao Interunesp.

Até nos Estados Unidos é assim, porque não no Brasil?

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dimenstein/cbn/capital_index.shtml

Proposta do iReport é publicar notícias sem edição

Site da CNN não filtra colaborações de usuários e cria comunidade de colaboradores que define as notícias que vão para a TV

Apesar de ter dominado as mesas de discussão do seminário MediaOn, na semana passada, não é de hoje que se discute o jornalismo cidadão–aquele em que o leitor, ouvinte e espectador tem papel central na captação e distribuição de notícias. Mais precisamente desde 2003, quando o termo foi cunhado pelos norte- americanos Shayne Bowmane Chris Willis, do The American Press Institute. Também vem dos EUA o exemplo mais radical dessa prática, executado pela rede CNN comuma característica inédita: no iReport.com, não há qualquer filtro ou edição sobre o material postado por usuários.Lançado em fevereiro, o site evoluiu do modelo antes hospedado no CNN.com, um espaço em que internautas enviavam vídeos, fotos e textos como complementos a reportagens. Agora, o material enviado não apenas ajuda na apuração, mas define os assuntos a serem abordados nos noticiários mundiais da rede. A estrutura do jornalismo da CNN mudou: há repórteres, editores, produtores, chefes de reportagem e os internautas (ou iReporters). Há cerca de 15 mil contribuições de espectadores por mês– e boa parte delas é usada na televisão e ganha matarja“ onCNN”nosite. No Brasil, nenhum grande jornal ou portal se arriscou a tanto.A ousadia carrega riscos, como atrelar a credibilidade e a imagem da marca CNN a conteúdos que podem ser promocionais, chulos ou até conter ataques sem provas a determina da pessoa. De acordo com a produtora-sênior Lila King, responsável pelo iReport.com, a comunidade que se fornou em torno do site impede abusos e anomalias. “Há uma seleção natural. Material com outras intenções acaba indo para o fim da lista”,disse ao Link na sede brasileira da Turner, o conglomerado de mídia que controla aCNN.A moderação de conteúdo pela comunidade não é inovação da rede de televisão. Sites de compartilhamento de notícias, como o Digg, já usam o sistema desde 2004, quando ajudaram a forjar o termoweb 2.0. O ranking das notícias mais populares do dia, presente nos Diggs da vida, também foi adotado pela CNN com o nome de “Newsiest Now”. É uma das principais fontes de pautas da rede. “Monitoramos o dia inteiro os assuntos que os usuários estão comentando.Todos os dias há surpresas e reportagens que nunca sairiam da cabeça dos jornalistas da CNN”, afirma Lila. A pergunta aseguir, então,élógica: qualquer pessoa pode ser jornalista? “Não diria isso. Mas nós acreditamos que qualquer pessoa pode ajudar muito no processo de produção jornalística, reportando fatos que acontecem ao redor dela.” Nos EUA e em vários países, não é necessário se graduarem jornalismo para exercer a profissão, como ocorre no Brasil. A própria Lila King tem diplomas em filosofia e literatura comparada. Por isso, a CNN tem um tutorial online para “ensinar” técnicas jornalísticas a pessoas com outras formações, como gravação de vídeos, fotos e estilo de texto, além de dicas para identificar “uma boa história”. O resultado é digno das boas redações de jornal. Veio de um iReporter um furo de reportagem sobre o massacre da Universidade Virginia Tech, em 2007,quando o estudante Cho Seunghui matou 32 pessoas nos EUA. Um vídeo do momento do crime foi captado por celular e enviado à CNN, que veiculo una televisão. Dá para dizer, hoje, que a CNN tem o maior time de repórteres do mundo.

Richard Wright - Tecladista do Pink Floyd morre em Londres...

Richard "Rick" William Wright (Londres, 28 de Julho de 1943 — Londres, 15 de Setembro de 2008) foi um músico britânico, tecladista da banda de rock progressivo Pink Floyd.

Entrou para a escola particular Harberdashers, e aos 17 anos foi para a Escola de Arquitetura. Lá conheceu o baixista
Roger Waters e o baterista Nick Mason. Fizeram um grupo na faculdade e escolheram seis meses depois Syd Barrett para a guitarra.
O único nascido em
Londres entre os integrantes do Pink Floyd, Richard Wright sempre foi o terceiro compositor e vocalista do grupo, tal como como George Harrison nos Beatles e John Entwistle no The Who.
Como compositor Wright contribuía com duas ou três músicas por álbum, ou colaborava na estruturação de obras coletivas como "Echoes" ou "Time".
Dark Side of the Moon (1973) representa seu ápice no Pink Floyd: os teclados se equiparam a guitarra de Gilmour e participou na composição de cinco das dez músicas. Em Wish You Were Here (1975), onde seus teclados estão onipresentes, Wright trouxe grandes contribuições para o álbum, sobretudo na suíte "Shine on you crazy diamond".
A partir do disco Animals (
1977) iniciou-se o processo de domínio do Pink Floyd por Roger Waters, apesar de neste disco Rick Wright ter realizado um competente trabalho no comando dos teclados da banda.
O sucesso começou a afetar as relações pessoais dentro do grupo. Trabalhos solo eram a única saída para os demais integrantes da banda e Wright realizou Wet Dream em
1978, acompanhado por Mel Collins (sax), Snowy Whithe (guitarra), Larry Steele (baixo) e Reg Isadore (bateria).
Quando os Floyd começaram a gravar
The Wall em 1979 Roger Waters tinha assumido o total controle da banda. Rick Wright foi afastado do processo de criação e concepção, o que culminou com sua expulsão da banda durante as gravações de The Wall, apesar de mais tarde participar dos shows.
Depois da saída do Pink Floyd, Wright juntou-se com Dave Harris no grupo chamado "Zee" e gravaram "Identity" em
1984.
O retorno de Wright ao Pink Floyd se deu em
1987, nas gravações de A Momentary Lapse Of Reason. Ele chegou no meio das gravações, ocasião em que não trouxe contribuição relevante para o álbum, mas participou da turnê mundial de promoção do disco.
Já em The Division Bell, Rick Wright voltou a participar ativamente do processo criativo, retomando-se a cooperação coletiva que se havia perdido nos
anos 70. Wright é co-autor de "Wearing The Inside Out" com Anthony Moore e das músicas "Cluster One", "What Do You Want From Me", "Marooned", e "Keep Talking" com David Gilmour.
Em
1996 Rick Wright lançou seu terceiro álbum, Broken China, gravada no estúdio da sua casa na França. Ele mesmo produziu o disco, junto com Anthony Moore, que também escreveu as letras. Foi mixado por James Guthrie. Participam deste álbum os guitarristas Tim Renwick, Dominic Miller e Steve Bolton, o baterista Manu Katche e o baixista Pino Palladino. E mais, Sinead O'Connor canta em duas faixas - "Reaching for the Rail" e "Breakthrough".
Apesar do papel coadjuvante, é quase consenso entre antigos fãs que os teclados de Richard Wright apresentavam-se como elemento fundamental para a constituição do som do Pink Floyd.
Morreu em sua casa em
Londres, em 15 de setembro de 2008, a informação foi revelada por um porta-voz do grupo, e em seguida, divulgada expressamente no web-site da banda. Wright estava com 65 anos e sofria de câncer

Álbuns a solo de Richard Wright
Wet Dream (
1978)
Identity - sob o nome Zee, (com Dave Harris) (
1984)
Broken China (
1996)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

XVII FESTIVAL INTERUNESP DE MPB...















O evento, que já se tornou tradicional dentro da UNESP, caminha para sua décima sétima edição. Assim, no ano de 2005, tivemos a presença de todas as demais universidades públicas do Estado de São Paulo – como partícipes, ensejando especialmente a contribuição de composições musicais de alunos, ex-alunos, docentes e servidores de todas as universidades envolvidas. O pioneirismo da UNESP de Ilha Solteira na realização dos Festivais anteriores, aliado à expressiva participação de outras unidades de nossa universidade, do público do município, da região e de outras universidades, respaldam novamente a proposta de um grande Festival Universitário englobando as demais universidades paulistas.
A cada edição o Festival Interunesp de MPB & Convidados vem superando as expectativas de participação tanto em número de músicas inscritas como em público. Nas últimas edições tivemos grandes shows com a presença de Tom Zé, Marcelo Nova, Velhas Virgens, Nando Reis, Kiko Zambianchi, Nação Zumbi, Cordel do Fogo Encantado, Mundo Livre S/A, Teatro Mágico, entre outros. Sendo assim, desejando manter o alto nível no "XVII Festival Interunesp de MPB & Convidados" contamos com as parcerias de empresas, institutos e governos.Enfim, temos por objetivos fomentar e induzir a produção musical do segmento universitário do Estado de São Paulo; criar oportunidade de divulgação da produção musical e de novos gêneros de composição; exercitar, na comunidade universitária, a criatividade de expressão em público, os mecanismos de organização e a responsabilidade coletiva dos partícipes; divulgar talentos emergentes e promover o surgimento de novos músicos; promover uma maior integração sócio-cultural entre as comunidades acadêmicas do Estado de São Paulo.
Esse ano vamos contar com a participação:

1º DIA ( Sexta-feira 12/09) -
Mombojó///Os Mutantes
2º DIA ( Sábado 13/09) - Móveis Coloniais de Acajú///Arnaldo Antunes
3º Dia ( Domingo 13/09) -
Ventania (tarde na prainha)
Los Hermanos Cover
Essas são as bandas noturnas!

No período da tarde ocorre o Woodstock na prainha onde bandas de estudantes tocam e vai até as 18:00.
As 19:00 começa o Festival onde estudantes tocam suas músicas próprias...
foram 24 músicas selecionadas...
12 são apresentadas na sexta e as restantes no sábado.
No domingo a final.

O site do nosso evento é esse http://www.feis.unesp.br/da/festival2008/

UM SER EM EBULIÇÃO...

As coisas não se acabam aqui,
Eu acredito que não é só isso,
É muito pouco, é muito pouco!
As pessoas não são como
Eram antigamente.
Havia sonho e atitude,
A gente se apaixonava sempre!
Se o chão foi minha cama ontem
É bem estranho se deliciar hoje em um colchão.
Há desamor e corrupção
Há mortes em vão.
A música bate em mim
Mas não sinto dor,
Eu canto o amor...
Pessoas vivem nas ruas.
Eu canto a união...
As guerras explodem.
Eu acredito que não é só isso,
É muito pouco, é muito pouco,
Eu acredito que não é só isso!

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Banda Fábrica da Arte...

NO DIA 5 DE SETEMBRO, SEXTA, VAI TER FÁBRICA DA ARTE EM ARAÇATUBA
VAI SER NA PRAÇA JOÃO PESSOA A PARTIR DAS 20:30H

Além do repertório costumeiro e das músicas do novo CD, a banda fará uma homenagem ao irreverente compositor americano Frank Zappa, com a releitura de duas de suas músicas.Durante o show haverá projeção de imagens no palco, a cargo da artista plástica Fernanda Russo.
Realização: SESC Birigui
DIVULGUE! COMPAREÇA! PARTICIPE!

Até lá!Fábrica da Arte

Um país que cai de bunda e chora...

> Sou tomado de profunda melancolia ao contemplar o desempenho do Brasil nas
> Olimpíadas e constatar nossa colocação no quadro de medalhas. Comparar nosso
> país com os países que estão à nossa frente. Fico triste ao ver que na nossa
> seleção olímpica de futebol existem jogadores que ganham milhões e milhões
> de dólares, enquanto representantes do nosso judô choram e são humilhados
> por não ter dinheiro para pagar o exame de faixa preta.
> Fico irado ao ver o Galvão Bueno, nas transmissões da Globo, enaltecer
> delirantemente 'o gênio mágico' do 'fenômeno' Phelps, nadador
> norte-americano e não falar no mesmo tom do nosso nadador Cielo, este sim,
> um fenômeno. Fenômeno porque treinou seis horas por dia nos três últimos
> anos, numa cidade do interior dos EUA, sustentado pelos próprios pais e pela
> generosidade de alguns amigos, pois não recebe um auxílio oficial.
> Fico depressivo ao contemplar na TV nossas minguadas medalhas de bronze. E
> fico pensando que, de cada mega-sena e outras loterias oficiais, o governo
> paga apenas 30% do arrecado ao ganhador e propaga que os outros 70 % são
> destinados a isso ou aquilo, sem que a gente possa fiscalizar com nitidez
> essa aplicação.
> Estou por completar 66 anos. E desde pequenino tem sido assim. Lembro do
> Ademar Ferreira da Silva, nosso bicampeão olímpico do salto tríplice que foi
> competir tuberculoso! E jamais me sairá da mente o olhar de estupor de
> Diego Hipólito caindo de bunda no chão no final da sua apresentação, quando por
> infelicidade e questão de dois segundos deixou de subir ao pódio. E de suas
> lágrimas pedindo desculpas, quando ele não tem culpa de nada. Das lágrimas
> de outros atletas brasileiros dizendo que não deu. Pedindo desculpas aos
> familiares e ao povo.
>
> Meus Deus!
>
> Será que vou morrer vendo um povo que só chora e pede desculpas? Será que
> vou morrer num país que se estatela de bunda no chão, enquanto os políticos
> roubam descadaradamente e as CPI´s não dão em nada? Será que vou morrer
> num país que se contenta com o assistencialismo e o paternalismo oficiais, um
> povo que vende seu voto por bolsa-família e por receber um botijão de gás
> de esmola por mês?
>
>
> Até quando, meu Deus


Carlos Freitas

Ah... O AMOR...

O amor é sexualmente transmissível...

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

The Doors - The End...

This is the end, Beautiful friend This is the end, My only friend, the end Of our elaborate plans, the end Of everything that stands, the end No safety or surprise, the end I'll never look into your eyes...again Can you picture what will be, So limitless and free Desperately in need...of some...stranger's hand In a...desperate land Lost in a Roman...wilderness of pain And all the children are insane, All the children are insane Waiting for the summer rain, yeah There's danger on the edge of town Ride the King's highway, baby Weird scenes inside the gold mine Ride the highway west, baby Ride the snake, ride the snake To the lake, the ancient lake, baby The snake is long, seven miles Ride the snake...he's old, and his skin is cold The west is the best, The west is the best Get here, and we'll do the rest The blue bus is callin' us, The blue bus is callin' us Driver, where you taken' us The killer awoke before dawn, he put his boots on He took a face from the ancient gallery And he walked on down the hall He went into the room where his sister lived, and...then he Paid a visit to his brother, and then he He walked on down the hall, and And he came to a door...and he looked inside Father, yes son, I want to kill you Mother...I want to...fuck you C'mon baby, take a chance with us X3 And meet me at the back of the blue bus Doin' a blue rock, On a blue bus Doin' a blue rock, C'mon, yeah Kill, kill, kill, kill, kill, kill This is the end, Beautiful friend This is the end, My only friend, the end It hurts to set you free But you'll never follow me The end of laughter and soft lies The end of nights we tried to die This is the end

Este é o fim, bonito amigo Este é o fim, Meu único amigo, o termo Da nossa elaborar planos, a fim De tudo o que eleva-se, ao final Nenhum segurança ou surpresa, ao fim Eu nunca vou olhar em seus olhos novamente ... Pode você imaginar o que será, portanto ilimitado e gratuito Que precisam desesperadamente de alguns ... ... estranho da mão Em a. .. desesperada terra Perdido em uma selva romana de dor ... E todas as crianças são insanas, todas as crianças são insanas À espera de chuva de verão, yeah Não há perigo na orla da cidade King's Ride a rodovia, baby Weird cenas no interior da mina ouro Ride auto-estrada oeste, baby Ride a serpente, ride a serpente Para o lago, o antigo lago, baby A serpente é longa, sete milhas Ride a serpente ... ele está velho, e sua pele é fria O oeste é o melhor, o Ocidente é o melhor Veja aqui, e nós fazemos o resto O autocarro azul é callin nós, o autocarro azul é callin nós Condutor, onde você tomar nós O assassino acordou antes do amanhecer, ele colocou em seu botas Ele tomou um rosto da antiga galeria E ele andou sobre estabelece o hall Ele foi até o quarto onde vivia sua irmã, e então ele ... Pagas uma visita ao seu irmão, e então ele Ele andava em baixo do hall de entrada, e E ele veio de uma porta e ele olhou dentro ... Pai, sim filho, eu quero te matar Mãe ... Eu quero que você ... fuck Anda bebê, ter uma chance com a gente E reunir-me na parte de trás do autocarro azul Estás uma pedra azul, sobre um autocarro azul Estás uma pedra azul, Anda, yeah Matar, matar, matar, matar, matar, matar Este é o fim, bonito amigo Este é o fim, Meu único amigo, o termo Dói para definir você livre Mas você nunca me siga O fim de risos e mentiras leves O fim de noites que tentamos morrer
Este é o fim

Vamos falar sobre o tempo...

És um senhor tão bonito quanto a cara do meu filho...Tempo tempo tempo tempo, vou te fazer um pedido...Tempo tempo tempo tempo...Compositor de destinos, tambor de todos os ritmos... Tempo tempo tempo tempo, entro num acordo contigo...Tempo tempo tempo tempo...Por seres tão inventivo e pareceres contínuo,Tempo tempo tempo tempo, és um dos deuses mais lindos...Tempo tempo tempo tempo... Que sejas ainda mais vivo no som do meu estribilho,Tempo tempo tempo tempo: Ouve bem o que eu te digoTempo tempo tempo tempo...Peço-te o prazer legítimo e o movimento preciso,Tempo tempo tempo tempo, quando o tempo for propício... Tempo tempo tempo tempo...De modo que o meu espírito ganhe um brilho definido,Tempo tempo tempo tempo, e eu espalhe benefícios...Tempo tempo tempo tempo...O que usaremos pra isso fica guardado em sigilo, Tempo tempo tempo tempo, apenas contigo e migo...Tempo tempo tempo tempo...E quando eu tiver saído para fora do teu círculo,Tempo tempo tempo tempo, não serei nem terás sido...Tempo tempo tempo tempo... Ainda assim acredito ser possível reunirmo-nos,Tempo tempo tempo tempo, num outro nível de vínculo...Tempo tempo tempo tempo...Portanto peço-te aquilo e te ofereço elogios,Tempo tempo tempo tempo, nas rimas do meu estilo... Tempo tempo tempo tempo...És um senhor tão bonito quanto a cara do meu filho...Tempo tempo tempo tempo, vou te fazer um pedido...Tempo tempo tempo tempo...Compositor de destinos, tambor de todos os ritmos... Tempo tempo tempo tempo, entro num acordo contigo...Tempo tempo tempo tempo...Por seres tão inventivo e pareceres contínuo,Tempo tempo tempo tempo, és um dos deuses mais lindos...Tempo tempo tempo tempo... Que sejas ainda mais vivo no som do meu estribilho,Tempo tempo tempo tempo: Ouve bem o que eu te digoTempo tempo tempo tempo...Peço-te o prazer legítimo e o movimento preciso,Tempo tempo tempo tempo, quando o tempo for propício...Tempo tempo tempo tempo...De modo que o meu espírito ganhe um brilho definido,Tempo tempo tempo tempo, e eu espalhe benefícios...Tempo tempo tempo tempo... O que usaremos pra isso fica guardado em sigilo,Tempo tempo tempo tempo, apenas contigo e migo...Tempo tempo tempo tempo...E quando eu tiver saído para fora do teu círculo,Tempo tempo tempo tempo, não serei nem terás sido... Tempo tempo tempo tempo...Ainda assim acredito ser possível reunirmo-nos,Tempo tempo tempo tempo, num outro nível de vínculo...Tempo tempo tempo tempo...Portanto peço-te aquilo e te ofereço elogios, Tempo tempo tempo tempo, nas rimas do meu estilo...Tempo tempo tempo tempo...
Caetano Veloso

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

UTOPIA...

E o homem disse: - Bom... eu nunca encontrei a mulher ideal. Gostaria de uma mulher que tenha senso de humor, goste de sexo, cozinhar, limpar a casa, não seja ciumenta, fiel, que goste de futebol, que aprecie uma cervejinha, que seja gostosa, bonita, jovem, carinhosa e não seja vidrada em cartões de crédito.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Caymmi é a festa...

Do cais ao mar,
É bonito, é bonito!
Praia de Itapuã,
Simples e só.
Do porto ao infinito,
Bahia no coração,
Brasileiro do mar;
Uma saudade de água;
Serenidade e inspiração!
Pobre de quem acredita
Na glória e no dinheiro
Para ser feliz!
Contido, gentil,
Pegou seu último barco
Rumo a eternidade...
E foi só, e foi só!
Foi...

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Imagine... John Lennon...

Imagine que não exista nenhum paraíso,
É fácil se você tentar.
Nenhum inferno abaixo de nós,
Sobre nós apenas o firmamento.
Imagine todas as pessoas
Vivendo pelo hoje...
Imagine que não exista nenhum país,
Não é difícil de fazer.
Nada porque matar ou porque morrer,
Nenhuma religião também.
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz...
Imagine nenhuma propriedade,
Eu me pergunto se você consegue.
Nenhuma necessidade de ganância ou fome,
Uma fraternidade de homens.
Imagine todas as pessoas
Compartilhando o mundo todo.
Você talvez diga que sou um sonhador,
Mas eu não o único.
Eu espero que algum dia você junte-se a nós,
E o mundo viverá como um só.